O pisoteamento do terreno, pelos visitantes, tem obviamente efeitos erosivos, de ravinamento, que são facilmente observáveis, nas inúmeras fotos disponíveis, mas igualmente ao longo do caminho de acesso entre o Parking e o monumento.
Sempre foi consensual que a manutenção do espaço devia passar pela reposição do solo.
As dúvidas que aqui colocamos têm apenas a ver com o quanto, como e quando.
Antes de mais, a "reposição" do solo, tal como foi feita, se acrescentarmos a altura do prado, fez praticamente desaparecer os pequenos menires, os menires tombados e os fragmentos dispersos no terreno. Desapareram completamente os marcos de cimento, implantados por M.V. Gomes, que assinalavam vestígios de menires desaparecidos...
E, evidentemente, alterando o monumento, reduzindo-o. Ocultando-o. Alterando a sua autenticidade.
Parece também consensual que as intervenções nos Almendres se façam "de modo a que (...) não sejam conflituantes, não sobressaiam, nem ponham em causa a importância, o valor e a autenticidade do Bem a conservar.” Lecoq, 2021
Mas, temos elementos para decidir quanto deve ser reposto e onde (isto é, sabemos como era a topografia do espaço, antes de o excessivo pisoteamento dos visitantes ter provocado a erosão)?
Temos, e muitos. Ler mais