O enterro dos Almendres

O início do enterro. 600 m3 de terra. Com entulhos modernos (tijolo, cimento, azulejo...).



Diferentes fases do prado. Entre Outubro/Novembro e Maio, foi alvo de 3 cortes, com roçadeira de fio, a tocar os menires. Antes de cada corte, a erva chegou a atingir mais de 40 cm de altura.

 O Enterro dos Almendres

O pisoteamento do terreno, pelos visitantes, tem obviamente efeitos erosivos, de ravinamento, que são facilmente observáveis, nas inúmeras fotos disponíveis, mas igualmente ao longo do caminho de acesso entre o Parking e o monumento.

Sempre foi consensual que a manutenção do espaço devia passar pela reposição do solo. 

As dúvidas que aqui colocamos têm apenas a ver com o quanto, como e quando. 

Antes de mais, a "reposição" do solo, tal como foi feita, se acrescentarmos  a altura do prado,  fez praticamente desaparecer os pequenos menires, os menires tombados e os fragmentos dispersos no terreno. Desapareram completamente os marcos de cimento, implantados por M.V. Gomes, que assinalavam vestígios de menires desaparecidos...

E, evidentemente, alterando o monumento, reduzindo-o. Ocultando-o. Alterando a sua autenticidade.

 Parece também consensual que as intervenções nos Almendres se façam "de modo a que (...) não sejam conflituantes, não sobressaiam, nem ponham em causa a importância, o valor e a autenticidade do Bem a conservar.” Lecoq, 2021

Mas, temos elementos para decidir quanto deve ser reposto e onde (isto é, sabemos como era a topografia do espaço, antes de o excessivo pisoteamento dos visitantes ter provocado a erosão)?

Temos, e muitos. Ler mais